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Um museu que até criança vai gostar de ir

Muito se fala das mudanças que as gerações Y e Z estão levando para dentro das salas de aula, com suas presenças ativas e deixando de lado a mera posição de receptores de informações. Tudo isso tem sido um grande desafio para escolas e professores, que buscam um novo posicionamento com estes alunos. Mas não é só dentro das instituições de ensino que as mudanças começam a acontecer: sempre conectados, estas crianças e adolescentes lidam de uma formam especial com a cultura e a arte, o que também tem exigido um reposicionamento por parte de instituições culturais, como os museus. Foi pensando nisso que o grupo holandês Lava Lab criou a plataforma Flinckapp.

Surgida a partir de um projeto chamado #GoldenAge, realizado em parceria com o Amsterdam Museum para a exposição Portrait gallery of the Golden Age, a Flinckapp ajuda o público a experimentar a arte de uma forma diferente. Como em pesquisas realizadas pelo Lava Lab, foi identificado que a geração dos Millenials não quer ser controlada demais, e não gosta que seja dito onde devem ir e qual roteiro seguir, era preciso inovar.

A plataforma funciona através da interação entre um aplicativo que é baixado para smartphones e os beacons, que são pequenos aparelhos instalados em diferentes locais dos museus, que emitem informações por meio da tecnologia bluetooth. Quando a pessoa passa por uma área contendo beacons, o smartphone que tem o aplicativo instalado e ativo recebe informações cadastradas, ligadas ao contexto em que o visitante se encontra.

Dentro do Amsterdam Museum, por exemplo, no momento que o visitante se aproxima da obra Nightwacht (De Nacthwacht), Rembrandt van Rijn adiciona esta pessoa como amigo. A partir de então, ela começa a receber mensagens pessoais dele, e também pode acompanhar as conversas do artista com outras pessoas que viram sua obra ou com outros pintores da mesma sala.

Além das mensagens que aparecem na tela a partir da interação com os beacons, em outra exposição foi usada a tecnologia dos beacons touch, que atuaram como botões. Ao tocá-los, as histórias aparecem nos smartphones dos visitantes.

A plataforma busca dar autonomia aos seus usuários, fazendo com que tenham experiências únicas ao visitarem um museu, sendo interativas e com imersão, porque é isso que mantém os jovens interessados em arte. Por meio dela, o visitante pode traçar sua própria rota, e tem contato com narrativas construídas de uma forma não linear.

Veja o vídeo sobre a plataforma: Flinckapp

 

Fontes: Porvir

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