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Saúde e tecnologia de braços dados

Quando a tecnologia se alia à saúde, os benefícios superam os limites que pareciam impossíveis de serem superados. E quem pensa que isso acontece só no exterior, está enganado: nosso país cada vez mais apresenta soluções tecnológicas que podem mudar positivamente a vida de enfermos, dificuldades motoras ou deficiências. O estudante Luiz Fernando da Silva Borges é mais uma prova disso.

Com apenas 17 anos de idade, teve duas participações no The Intel International Science and Engineering Fair (Intel ISEF), maior feira internacional de ciências e engenharia, e nesta segunda participação, o aluno do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul foi o melhor na categoria Engenharia Biomédica, com projeto de braço sensível para pessoas que tiveram membros amputados.

Aos 15 anos, Luiz já começava sua jornada de estudos no Instituto Federal, voltando-se à área de tecnologia na saúde. Com as aulas do curso técnico, descobriu a possibilidade de utilizar as ferramentas de tecnologia como solução para os problemas da saúde humana. Percebeu que é possível transformar as atividades de neurônios em movimento de um robô, por exemplo. Isso impressionou o estudante, que ligou os aprendizados no instituto aos episódios da série de TV Dr. House.

Segundo Luiz, a série de TV Dr. House foi o gancho inicial da sua ferramenta, já que à época estava tentando resolver uma questão: como seria possível aplicar os conceitos da interface cérebro-máquina para próteses de mão?

Essa possibilidade, mais uma vez, impressionou Luiz, que ligou os aprendizados no instituto aos episódios da série de TV Dr. House. Ele explica que, na época, estava tentando resolver a seguinte questão: como poderia aplicar os conceitos da interface cérebro-máquina para próteses de mão? Para isso, era preciso ter um sinal de entrada, que seriam os sinais elétricos do músculo do coto (parte do membro que permanece após uma amputação) da pessoa que teve o braço amputado juntamente com os movimentos da mão. Mas não é possível medir os movimentos de uma mão que não existe.

Os episódios do seriado apresentaram uma resposta a esse problema, já que a primeira ideia de Luiz foi registrar as atividades dos músculos do coto  da pessoa que teve o braço amputado e dos movimentos da mão. Esses dados seriam cruzados em um programa criado pelo estudante, baseado na teoria da caixa de espelhos, explicada em Dr. House. Nesta teoria, você esconde o corpo do paciente atrás de um espelho e projeta nesse espelho o membro que o amputado ainda tem. Todo e qualquer movimento que ele fizer com o braço, olhando o reflexo, vai gerar a sensação de que o braço perdido retornou.

Com este projeto, Luiz conquistou o primeiro lugar na categoria Engenharia Biomédica, que também rendeu um convite para participar de um Fórum em Londres, além de ter um asteroide batizado com o seu nome pelo Laboratório do MIT (Massachussets Institute of Technology).

 

Fonte: Porvir 

 

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