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A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis

A população brasileira já é mais de 80% moradora de áreas urbanas, dificultando, cada vez mais, o contato das crianças com a terra. Esta condição quer ser modificada pelo Ministério da Saúde, através de um manual elaborado pela Universidade de Brasília, que visa mostrar que as escolas podem construir hortas educativas em seus próprios espaços.

Intitulado “A Escola promovendo hábitos alimentares saudáveis”, o manual traz explicações sobre todos passos para a elaboração de uma horta escolar, desde a escolha do terreno até a colheita de algumas das principais hortaliças.

O objetivo do manual é, como o próprio título diz, promover hábitos alimentares saudáveis no ambiente escolar e, por isso mesmo, há dicas de como preparar os alimentos e receitas para maior aproveitamento da colheita.

Mas mais do que isso, o manual também traz sugestões de como aliar atividades práticas que envolvam outras disciplinas, como matemática e ciências. Entre uma das sugestões está o aproveitamento da horta para ensinar aos estudantes sobre a cadeia alimentar, ao mesmo tempo que exploram informações sobre os nutrientes presentes nos alimentos plantados.

O manual é gratuito e pode ser baixado aqui

Fonte: http://www.hypeness.com.br/2016/09/manual-gratuito-ensina-a-usar-hortas-educativas-em-escolas/

Aplicativo para prevenção do Alzheimer

O Alzheimer é uma doença que, quem tem familiares portadores da mesma, sabe das dificuldades que ela impõe ao dia a dia, transformando a vida de quem está enfermo. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 1,2 milhão de brasileiros têm o problema, que apesar da possibilidade de ser controlado e retardado, é incurável. E é pensando nisso, que quatro estudantes do Instituto Alpha Lumen (IAL), em São José dos Campos/SP, desenvolveram um aplicativo que auxilia os familiares nos cuidados dos portadores da doença.

Conhecida como HelpAlz, a ferramenta foi criada por Ana Paula Maciel, Débora Gabriel, Larissa Fonseca e Thaís Nakamura, e traz informações para a realização de um diagnóstico precoce, diminuindo as chances de descobrir a doença em estágios mais avançados, além de indicar locais para o tratamento. Segundo Débora, o app tem quatro funções principais: a primeira delas é uma lista contendo profissionais para o tratamento, como médicos, farmacêuticos e cuidadores. A segunda função é um mapa que mostra a localização de clínicas, hospitais, casa do idoso e outros lugares importantes. A terceira, de acordo com a estudante, é um pré-diagnóstico simples para ver se os sintomas que o paciente apresenta são de Alzheimer. Na quarta função há conteúdo que traz dicas gerais para os familiares, como alimentos que podem ajudar a estagnar a doença, como dar banho, ajudar a comer, dicas para o condicionamento físico, além de exercícios cognitivos.

A oportunidade de criar o app surgiu por meio das disciplinas optativas que o currículo aplicado pelo IAL oferece, como robótica, programação e cinema. No caso do HelpAlz, a ideia que o originou, surgiu da experiência pessoal de uma das estudantes. O aplicativo está disponível gratuitamente para sistemas Android e as alunas estão participando do concurso Village to Raise a Child, promovido pela Universidade de Harvard, nos EUA. Dos 73 projetos participantes da primeira etapa, 5 passaram para a fase seguinte. Entre eles o HelpAlz.

 

Fonte: Carta Educação 

Xô, Aedes!

Quando chegar o verão, tem dois assuntos que sabemos que serão corriqueiros na imprensa: o calor e o já famoso, mas nada bem-vindo, mosquito Aedes aegypti. Responsável por graves doenças como a Dengue, há muitos anos é alvo de programas de prevenção e a tecnologia já começa a fazer parte deste exército que visa acabar com o inseto. Foi o que fez a Secretaria Municipal de Saúde do município de Igaci, que chegou a ter até 80% da população com sintomas da Zika ou Chikungunya.

A forma que a secretaria encontrou de ajudar na prevenção foi a adoção do aplicativo Xô Aedes, que recebe denúncias de focos de Aedes aegypti. Segundo a prefeitura, o aplicativo integrará servidores das secretarias de Saúde e Educação do município, que levarão aparelhos de tecnologia e georreferenciamento para as salas de aulas. Os alunos, então, passarão a participar do combate e terão aulas de geografia e biologia adaptadas à temática. Segundo o prefeito da cidade, o mais importante é ir além do aprendizado da tecnologia, educando as crianças e jovens no combate ao problema, uma vez que a solução exige muitos esforços, mas também requer a mudança de hábito da população.

Outro destaque do projeto na cidade é o ensino da utilização de meios ecologicamente corretos no combate ao mosquito, como o uso da planta crotalária, atrativa natural de predadores do Aedes, como as libélulas. Os alunos também receberão a tarefa de localizar um possível foco do Aedes aegypti próximo às residências e realizar, então, uma denúncia por meio do aplicativo. Após, eles visitarão a secretária de Saúde, onde irão conhecer o trabalho do agente de endemia, que verificará a denúncia e eliminar o foco do mosquito.

Para a coordenadora municipal de endemias da SMS, Jordana Nailla, o novo formato de combate ao mosquito irá ajudar no trabalho dos agentes de endemias no município: “a implantação do aplicativo é uma medida eficaz que nos ajudará na localização dos focos, no qual a população terá uma participação muito importante no combate. Inicialmente estamos implantando a ferramenta nas escolas municipais, mas a intenção é de que toda a  população interaja com a SMS e com o Setor de Endemias para que juntos possamos vencer o Aedes”, explicou.

O aplicativo é gratuito e pode ser baixado em aparelhos com sistema android, por meio da Play Store e também por meio do link www.xoaedes.com.br.

 

 

Fontes: Jornal Floripa e Globo

Uma outra forma de perceber o aprendizado

Quando uma criança tem um ritmo diferente de aprendizagem, comparado ao de outros colegas, muitas vezes o diagnóstico da situação é equivocado e pouco embasado por seus pais, que querem que seu filho esteja “pronto” para o mundo acadêmico. Cria-se uma espécie de competitividade, sem o entendimento das fases de alfabetização e desde a educação infantil, famílias tem essa expectativa de que crianças iriam aprender a ler e escrever logo no primeiro ano.

Mas a educadora Juliana Fernandes buscou mudanças para modificar este quadro, mostrando aos pais como seus filhos aprendem a ler e escrever. O primeiro passo para isso, foi um trabalho de avaliação dentro da escola com as professoras, onde houve a necessidade delas passarem por toda a teorização do que era trabalhado em sala de aula. Com isso, houve encontros de formação sobre este conceito do letramento.

A partir desse momento, começou a mudança na maneira como as professoras trabalhavam dentro de sala de aula: toda a estrutura de atividades mudou, desde o diagnóstico da criança até o processo de avaliação. Mesmo inseridos em um grupo, há uma avaliação do desenvolvimento individual de cada aluno, com trabalho de gêneros textuais, entre poemas, letras de músicas, bilhetes e cartas nos primeiros anos e séries iniciais.

Ainda que este trabalho estivesse sendo feito, as crianças tinham um retorno ruim durante as atividades, como “minha mãe falou que não é assim que se faz”, e a educadora fazia atendimentos com dúvidas iguais. Foi então que surgiu a ideia de trazer famílias para dentro da escola com o projeto “Família e Letramento no Contexto Escolar”. Foram elaborados dois grandes encontros com os pais: um quando os alunos estavam na última etapa da educação infantil e outro já no ensino fundamental 1. No primeiro encontro, as famílias visitaram o prédio do ensino fundamental 1 e conheceram o contexto do letramento. Quando estas mesmas crianças para o primeiro ano, os pais foram convidados a participar de uma oficina de alfabetização. Nessa ocasião, a professora aplicou uma atividade para cada uma das hipóteses de alfabetização.

O resultado foi muito bom, já que quando a professora deu início a apresentação das fases de alfabetização, pais identificaram o que percebiam em casa. A educadora, então, apresentou quais eram as intervenções adequadas, para alunos que ainda não liam e não escreviam direito, até para os que já estavam exercendo as atividades. Isso possibilitou que famílias pudessem sanar suas dúvidas e outras precisaram de atendimento para a apresentação da metodologia da escola. Estes atendimentos individualizados mostraram a necessidade da escrita espontânea da criança porque, muitas vezes, os alunos falavam “a minha mãe soletrou a palavra e eu coloquei todas as letras”. Isso significa que aquela lição de casa não foi produzida pela criança, e sim pelo adulto.

Isso transformou a demanda das famílias em relação à escola. Se antes eram cobranças do tipo “como vocês trabalham?”, o discurso mudou para “como eu devo trabalhar em casa?”. Além disso também é realizado um trabalho de se colocar no lugar dos pais, porque eles não estão errados, eles não são especialistas no assunto e não têm essa obrigatoriedade de entender, e aquela cobrança que as crianças tinham que ler e escrever no primeiro ano foi meio que caindo por terra, porque as famílias entenderam que os alunos têm até os oito anos de idade para se apropriarem do conceito, que não é somente escrever, mas tem todo um conceito de oralidade por trás.

 

Fonte: Porvir 

 

Saúde e tecnologia de braços dados

Quando a tecnologia se alia à saúde, os benefícios superam os limites que pareciam impossíveis de serem superados. E quem pensa que isso acontece só no exterior, está enganado: nosso país cada vez mais apresenta soluções tecnológicas que podem mudar positivamente a vida de enfermos, dificuldades motoras ou deficiências. O estudante Luiz Fernando da Silva Borges é mais uma prova disso.

Com apenas 17 anos de idade, teve duas participações no The Intel International Science and Engineering Fair (Intel ISEF), maior feira internacional de ciências e engenharia, e nesta segunda participação, o aluno do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul foi o melhor na categoria Engenharia Biomédica, com projeto de braço sensível para pessoas que tiveram membros amputados.

Aos 15 anos, Luiz já começava sua jornada de estudos no Instituto Federal, voltando-se à área de tecnologia na saúde. Com as aulas do curso técnico, descobriu a possibilidade de utilizar as ferramentas de tecnologia como solução para os problemas da saúde humana. Percebeu que é possível transformar as atividades de neurônios em movimento de um robô, por exemplo. Isso impressionou o estudante, que ligou os aprendizados no instituto aos episódios da série de TV Dr. House.

Segundo Luiz, a série de TV Dr. House foi o gancho inicial da sua ferramenta, já que à época estava tentando resolver uma questão: como seria possível aplicar os conceitos da interface cérebro-máquina para próteses de mão?

Essa possibilidade, mais uma vez, impressionou Luiz, que ligou os aprendizados no instituto aos episódios da série de TV Dr. House. Ele explica que, na época, estava tentando resolver a seguinte questão: como poderia aplicar os conceitos da interface cérebro-máquina para próteses de mão? Para isso, era preciso ter um sinal de entrada, que seriam os sinais elétricos do músculo do coto (parte do membro que permanece após uma amputação) da pessoa que teve o braço amputado juntamente com os movimentos da mão. Mas não é possível medir os movimentos de uma mão que não existe.

Os episódios do seriado apresentaram uma resposta a esse problema, já que a primeira ideia de Luiz foi registrar as atividades dos músculos do coto  da pessoa que teve o braço amputado e dos movimentos da mão. Esses dados seriam cruzados em um programa criado pelo estudante, baseado na teoria da caixa de espelhos, explicada em Dr. House. Nesta teoria, você esconde o corpo do paciente atrás de um espelho e projeta nesse espelho o membro que o amputado ainda tem. Todo e qualquer movimento que ele fizer com o braço, olhando o reflexo, vai gerar a sensação de que o braço perdido retornou.

Com este projeto, Luiz conquistou o primeiro lugar na categoria Engenharia Biomédica, que também rendeu um convite para participar de um Fórum em Londres, além de ter um asteroide batizado com o seu nome pelo Laboratório do MIT (Massachussets Institute of Technology).

 

Fonte: Porvir