Especialistas dão suas opiniões sobre como tornar as transições dos formatos de ensino mais tranquilas e beneficentes à educação.
Para Leandro Holanda, diretor da Tríade Educacional, é necessária uma maior compreensão sobre a infraestrutura tecnólogica da escola, se os professores têm o conhecimento sobre as inovações, ter uma prévia da quantidade de aulas presenciais que os estudantes poderão ter, se o modelo adotado será mais presencial ou online, e inúmeros outros fatores. “Acredito que a primeira coisa a entender é que não existe uma receita, cada rede vai precisar construir seu próprio modelo. Mas considerando que ainda estamos vendo movimentos de fechamento em razão da pandemia, aconselhamos que vale pensar em rotas com grande porcentagem online. Não adianta pensarmos que 2021 vai começar com força no presencial”, explica.
Na compreensão de Leandro, as aulas de 2020 se caracterizaram como ensino remoto e não híbrido, uma vez que, noensino híbrido, há uma preocupação em de fato integrar o que acontece de forma remota e o que acontece presencialmente, e não, por exemplo, transmitir a aula para um grupo que está online ao mesmo tempo em que o professor ministra para outro grupo presencialmente.
Para Diana Tatit, gerente pedagógica da CLOE e integrante do grupo Tiquequê, também deve haver uma ressignificação das aulas presenciais, onde há possa acontecer a interação entre os alunos. “Nesse período de quarentena, uma das principais aprendizagens foi a importância do encontro. Isso fez muita falta, em todos os âmbitos. Na educação, a discussão pode ser: por que estamos todos juntos para ler um texto individualmente que poderia ter sido lido em casa?”, completa.
Além da tecnologia
A tecnologia se mostrou muito útil no período da quarentena, mas ela não seria nada se não houvessem os professores. Ainda mais que muitas escolas ainda não têm a estrutura necessária para que ela flua da melhor forma. Por isso o corpo docente é extremamente necessário para a educação. “É possível fazer a integração entre remoto e presencial sem ter a tecnologia, com, por exemplo, atividades impressas. Então a lógica do ensino híbrido depende muito mais de pessoas, ou seja, de quem planeja, do que da tecnologia em si”, reforça. Por isso, outra dica a ser considerada no momento de planejamento é avaliar, de acordo com as expectativas, quais habilidades os alunos deverão trabalhar online e presencialmente.
Esse redesenho do currículo – antecipar alguns conteúdos para serem trabalhados online e protelar outros que podem ser vistos presencialmente – pode ser apoiado pelos Mapas de Foco da BNCC, como indica Leandro. As produções do Instituto Reúna apresentam uma seleção de habilidades focais para cada ano do ensino fundamental de acordo com a Base Nacional Comum Curricular, com o objetivo de orientar a flexibilização curricular em situações como a pandemia.
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