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Os jogos vão dominar sua sala

A Revolução Industrial foi um dos mais importantes momentos da história mundial e aprender sobre este período pode ter grandes vantagens através do jogo Industriali. Surgido através do Comunidades Virtuais, um centro de pesquisa da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) que se dedica exclusivamente ao desenvolvimento de jogos educativos, o game trabalha conceitos da RI na Inglaterra.

Industriali é um dos mais de dez games já lançados pela instituição, que teve seu primeiro jogo desenvolvido em 2006: o Tríade, sobre a Revolução Francesa. As ferramentas criadas abordam desde o sistema imunológico até raíz quadrática, e são abertos e gratuitos para professores utilizarem em sala de aula com os alunos. Segundo Lynn Alves, pesquisadora e responsável pelo centro de pesquisa, os jogos permitem algo que é muito difícil de conciliar nas salas de aula de hoje: a multidisciplinaridade. Um mesmo game pode passar da história para a geografia, da literatura pra matemática. Ela começou a estudar a função educativa dos games há mais de 20 anos e enxerga eles como ponto a favor da educação.

Um exemplo que, segundo Lynn, justifica a escola se adaptar à nova realidade do processo de aprendizagem, está em uma pergunta que ela mesma ouviu de um aluno, durante um debate sobre Revolução Francesa: “aconteceu em Assassin’s Cred, né, professora?!”. O projeto mais recente do Comunidades Virtuais é uma plataforma desenvolvida com intuito de ajudar professores no ensino de alunos com necessidades especiais e déficit de atenção, conhecida como Gamebook. Ela trabalha com conteúdo multimídia, como jogos, vídeos e audiolivros, e o primeiro jogo dentro dessa plataforma é o Guardião da Floresta. Com personagens do folclore brasileiro, o estudante tem o desafio de solucionar problemas que vão exigir o treino de funções cognitivas importantes, como atenção, planejamento e memória.

Conforme a pesquisadora, os piores desempenhos escolares de crianças entre 8 e 11 anos estão ligados a déficits nessas funções básicas. É com esse período de idade que muitas crianças são descobertas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade).

 

 

Fontes: El Pais 

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