A americana Ruby Taylor é assistente social, mas quando perdeu seu emprego, se viu em apuros. Até que pais de ex-alunos a ajudaram em sua ideia. Confira!
Após sofrer um acidente de carro, Ruby precisou se aposentar por invalidez, já que teve uma lesão cerebral. Além de todo o sofrimento do ocorrido, sua aposentadoria a deixou sem finanças, levando a ser despejada do condomínio onde morava.
Mas então começaram a surgir ajudas para que as coisas mudassem: um pai de ex-aluna a auxiliou a entender que ela deixou de se preparar financeiramente, uma vez que ela nunca havia aprendido sobre educação financeira. “Isso me fez perceber que não tinha acumulado riqueza, embora tivesse trabalhado”, conta.
Parte do que a assistente social ganhava, ela utilizava para ajudar os outros. “Se eu tivesse e alguém precisasse, eu colaborava. Paguei uma enfermeira particular para minha mãe e uma escola particular para meu sobrinho. Também ajudava meus alunos quando precisavam. A região em que trabalhei, na Pensilvânia, tinha diferentes níveis socioeconômicos, mas a maioria dos meus alunos vinha de origem pobre. Eu criava clubes do livro, comprava roupas e tênis”, afirmou.
Era hora de mudar
Ao receber a ajuda para entender mais sobre educação financeira, Ruby logo ligou os fatos ao histórico da comunidade negra muitas vezes não conseguir acumular riqueza. Mas não porque não quer. Porque não tem a orientação necessária. “Nós trabalhamos duro, mas alguns de nós não têm educação financeira para tomar as decisões necessárias. O racismo sistêmico contribui para essa falta de conhecimento. Eu li que em 2053, o patrimônio líquido médio dos afroamericanos será zero”.
Já aposentada, a americana decidiu que era hora de dar um novo rumo para a sua vida e começou a pensar em como poderia ajudar as crianças. Ruby se lembrou que, como assistente social, usava jogos para atrair a atenção dos alunos. “Imaginei: se posso fazer isso com um jogo, também posso usar para ensinar educação financeira.” Ela, então, começou a perguntar para os jovens qual o jogo favorito deles e ouviu “Uno” da maioria.
A criação do jogo
Foi então que a americana criou o “Uno das finanças”, um jogo chamado “Legacy”. “Existem cinco rodadas. Na primeira, você escolhe uma carreira. Queria colocar as crianças a opções diferentes, porque eles sempre ouvem falar das mesmas. Também queria mostrar a eles quanto dinheiro eles podem ganhar em diferentes carreiras e ensiná-los a escolher profissões que lhes paguem um salário compatível com seu nível de dívida estudantil”, explicou.
As próximas rodadas do jogo falam sobre investimentos. “Depois de ter sua carreira, você precisa investir seu dinheiro. Vamos fazer esse dinheiro trabalhar para você. Você não pode simplesmente doar.” Com todos os detalhes do jogo finalizados, ela contratou um designer gráfico para criar uma arte e usou um site de financiamento coletivo para arrecadar dinheiro, montar um site e imprimir o jogo. O “Legacy” começará a ser comercializado em dezembro deste ano e Ruby planeja trabalhar na divulgação da sua criação em 2021.
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Créditos da imagem: Freepik
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios