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Bullying: lições para combater a prática

O bullying é um assunto cada vez mais debatido (e combatido) no ambiente escolar. Há pouco tempo atrás, houve o lançamento de Extraordinário, inspirado no livro de mesmo nome da autora R. J. Palacio, e que está em cartaz nas salas de cinema.

O filme aborda a história August Pullman, um menino de 10 anos que nasceu com uma síndrome rara que causou diversos problemas de saúde, inclusive uma deformação em seu rosto. Ao ser matriculado na escola, começa a sofrer ataques de todos os tipos, devido à sua aparência. E, embasado em Extraordinário, a coordenadora do Grupo de Pesquisas em Educação Moral (Gepem) da Unesp e da Unicamp, Luciene Tognetta, fala algumas lições de combate à prática do bullying. Confira:

1. Discuta abertamente sobre as diferenças entre todo os alunos

A escola regular tem recebido cada vez mais alunos com algum tipo de deficiência. Segundo dados da pesquisa Conselho de Classe, realizada pela Fundação Lemann, 22% dos professores brasileiros veem a inclusão como uma das três maiores prioridades para seu trabalho. Porém, um dos receios sobre a entrada desses alunos é a possibilidade de que sofram bullying e intimidação – como acontece com August, no filme. Para Luciene Tognetta, ensinar as crianças a conviver com outras que reconheçam como diferentes passa pela necessidade de fazê-las pensar que todos são, em alguma medida, diferentes uns dos outros. “E não basta falar que todos são diferentes, é preciso viver a diferença”, ressalta. Uma das atividades propostas pela especialista, é a roda de conversa, em que cada criança possa expor seus interesses, seus gostos e suas histórias. “Também é possível trazer espelhos e estimular os estudantes a observar as diferenças físicas também. Assim, eles verão que não é apenas um colega que é diferente”, afirma.

2. Prepare os próprios alunos para combater o bullying

O bullying acontece longe da observação adulta. É nas relações entre as próprias crianças, como no filme: por muito tempo, diretor, pais e professores não tomam conhecimento das intimidações a que August é exposto. A especialista Luciene explica que uma boa maneira de contornar essa invisibilidade é investir na formação dos próprios alunos para que eles ajudem a resolver a situação na escola. “Quando um adulto trabalha sozinho, as crianças e os jovens tendem a encarar suas falas como ‘ordens’”, afirma Luciene. “Quando o tema é levantado por pares, a compreensão é diferente”. E não basta dar sermões ou fazer palestras sobre o tema.

E você: o que acha sobre o assunto? Tem alguma dica para ajudar a combater esse problema? Comente!

Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/9473/extraordinario-filme-sobre-bullying-inclusao-deficiencia

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