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Live-streaming em sala de aula: invasão de privacidade?

Até onde será que o conhecimento sobre as atividades realizadas pelos filhos, em sala de aula, realmente pode ir? Será saudável, um monitoramento constante dos atos ocorridos dentro da escola?

Na China, a velocidade da internet tem aumentado constantemente e, um dos efeitos dessa mudança, é o live-streaming, onde é possível observar instantaneamente, as ações realizadas diariamente por outros cidadãos chineses. O serviço, porém, agora também está presente dentro das escolas.

Instituições de ensino pública e privadas estão instalando webcams em salas de aulas e possibilitando a transmissão ao vivo em sites abertos ao público, acreditando que esta supervisão 24 horas motivará os alunos. Pais utilizam as transmissões como monitoramento do progresso acadêmico de filhos, porém muitos estudantes estão em desacordo com o serviço, sentindo-se até mesmo como se fossem “animais em um zoológico”.

Especialistas, como Xiong Bingqi, que é vice-presidente do 21st Century Education Research Center, acreditam que essa prática viola os direitos dos estudantes chineses, que já convivem com a ampla censura do país na internet, por exemplo.

E você, o que acha do tema?

Fontes:
https://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2017/04/27/na-china-pais-acompanham-em-tempo-real-alunos-em-sala-de-aula.htm

Realidade Virtual em sala de aula

A ideia de ensino adaptativo, com a utilização de computadores, é assunto há mais de uma década. Quando implementado de forma correta, é um grande potencial para mudanças nos fundamentos de aprendizagem. E na China, crianças já estão experimentando a oportunidade de vivenciar o futuro da educação. E a mudança promete ser grande.

É a empresa chinesa NetDragon Websoft Holdings, fabricante de videogames de combates, a responsável por trabalhar o futuro da aprendizagem. Com bancos de servidores, eles gravam crianças na sala de aula e no recreio, monitorando toques na tela e expressões corporais. Esses monitoramentos estão sendo gravados em bancos de dados e serão usados na construção de perfis particulares de milhões de crianças.

A fabricante faz parte de um grupo de empresas, formado por nomes como IBM e Lenovo, que estuda maneiras de usar tecnologias como a realidade virtual para captar a atenção de crianças instáveis. A China, pode ser o lugar ideal para testar a sala de aula virtual do futuro, uma vez que o país é famoso por pais que não são obcecados por privacidade.

A sala de aula virtual do futuro, da forma em que foi concebida, tem lições que mudam ao perceber que o estudante está se distraindo, por exemplo. Aulas consideradas chatas podem tornar-se mais animadas instantaneamente, através de provas surpresa. Até mesmo o gênero do professor poderá ser alterado para se adequar ao público, optando por um educador virtual do masculino em culturas onde geralmente os professores são homens, por exemplo.

Para realizar os testes de campo, a empresa fornece headsets e tablets em escolas chinesas, e incentiva os professores a experimentarem grades curriculares personalizadas com seus alunos. Os pesquisadores monitoram a atividade dos alunos no ambiente de realidade virtual e, para complementar, os tablets têm câmeras que podem ser usadas para monitorar visualmente os estudantes.

 

 

Fontes: Uol Educação