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Saiba como a realidade aumentada tem ajudado o ensino geográfico

Os alunos paranaenses, de escolas municipais, estaduais, particulares, além de estudantes e pesquisadores do ensino superior, podem aprimorar seus estudos geográficos gratuitamente, com simulações em realidade aumentada das diferentes transformações de relevo. Para isso, agora contam com a inovadora Caixa de Areia de Realidade Aumentada (Augmented Reality Sandbox – ARS – em inglês), da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Para conhecer o simulador é necessário se dirigir ao acervo científico do Parque Estadual da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba/PR. No Brasil existem apenas 12 protótipos, sendo quatro no Paraná e apenas um na rede pública de ensino.

O equipamento permite trabalhar conceitos de formação e transformação de bacias hidrográficas, formações de serras, montanhas e ilhas, além de simular erupções, tsunamis e terremotos, erosão, rompimentos de barragens entre outros.

Conforme Anísio Lasievicz, diretor do parque, o experimento possibilita demonstrar, em tempo real, conhecimentos que antes estavam apenas nos livros. “O relevo naturalmente se forma ao longo de milhões de anos e aqui podemos fazer qualquer alteração em questão de segundos. Além disso, a parte visual facilita o aprendizado e o aluno interage mais porque, com a simulação, ele observa o resultado em tempo real”, explicou Lasievicz.

Simulador

A Caixa de Areia de Realidade Aumentada foi desenvolvida entre 2014 e 2015 pela Universidade da Califórnia (EUA) e disponibilizada gratuitamente para reprodução integral do material. O equipamento é composto por um sensor de movimento com uma câmera 3D, que mede distância e mapeia a superfície da areia. Após o mapeamento e o cálculo da altura da areia, um software específico faz a conversão das alturas em cores, simulando as transformações do relevo.

Visitas de estudantes

O grupo de 31 estudantes do 9° ano do Ensino Fundamental e do 1° e 2° ano do Ensino Médio do Colégio Estadual do Campo Brasílio Antunes da Silva, do distrito de Itaiacoca, no município de Ponta Grossa, visitou o parque e aprovou o uso de novas tecnologias no ensino.

“Achei interessante porque é algo novo, principalmente para nós que não temos contato com esse tipo de tecnologia e porque mostra como fazemos parte da transformação do ambiente. A saída de campo para outras regiões diferente da nossa também é importante porque é uma experiência que amplia nossas perspectivas”, disse a aluna do 3° ano do Ensino Médio, Amanda Gonçalves Cordeiro, de 18 anos.

A excursão foi organizada pelo professor de Ciências e Biologia, Luiz Américo Menezes Caldas, que destacou a importância da pesquisa de campo no processo de ensino e aprendizagem. “As pesquisas de campo mudaram minha vida quando eu era estudante e eu quis proporcionar essa perspectiva a eles para que observem o conhecimento científico de uma maneira diferente da tradicional em sala de aula”, disse.

“Eles estão fascinados porque é a primeira viagem que fazemos e está sendo uma novidade estimulante porque o parque da ciência apresenta o conhecimento de uma forma mais leve e essa experiência irá refletir em sala de aula”, destacou Caldas.

Créditos da foto: Hedeson Alves

Fonte: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=99136&tit=Simulador-com-realidade-ampliada-facilita-ensino-geografico

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