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E se vai mais uma lenda sobre a matemática

Estudo publicado pela revista “Science of Learning” mostrou que atividadades cerebrais de meninos e meninas não apresentam diferenças.

Cérebro de crianças, sejam meninos ou meninas, respondem da mesma forma para aprender matemática. Em estudo publicado pela revista “Science of Learning”, cientistas norte-americanos avaliaram as respostas de aprendizagem a esta disciplina nos pequenos de 3 a 10 anos.

O grupo responsável pelo trabalho realizou exames de ressonância magnética em 104 participantes do estudo, 55 eram meninas.

“Vimos que os cérebros das crianças funcionam de maneira semelhante, independentemente do sexo, e esperamos recalibrar as expectativas do que as crianças podem alcançar em matemática”, disse Jessica Cantlon, uma das autoras, em um comunicado.

Após a análise de como o cérebro de cada um respondeu aos estímulos de jogos matemáticos, os pesquisadores confirmaram que não existe diferença na forma em que garotos e garotas processam as habilidades nesta área do conhecimento.

Diferenças sociais

“A maturidade cerebral foi estatisticamente equivalente, quando comparadas a indivíduos adultos no estudo”, disse a publicação que foi a primeira a comparar, a partir de imagens neurológicas, diferenças de gêneros nas aptidões de crianças.

A pesquisadora norte-americana defendeu que as meninas são afastadas da matemática por questões sociais e culturais e lembrou que estudos anteriores comprovaram que meninos tendem a ter maior cognição espacial porque passam mais tempo brincando que as meninas.

O mesmo ocorre, explicou Cantlon, em relação ao estudo da matemática. Esta pesquisadora comentou que é mais comum que professores passem mais tempo praticando exercícios matemáticos com meninos do que com meninas.

“A socialização pode aumentar as pequenas diferenças que existem entre garotos e garotas e isso pode se transformar em uma bola de neve que as afasta das ciências e matemática” destacou a pesquisadora. “Precisamos ter consciência das ações e nos assegurar que não abrimos espaços para diferenças de gêneros.”.

Créditos da foto: Divulgação/Universidade Carnegie Mellon

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Fonte: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/11/08/cerebros-de-meninos-e-meninas-reagem-da-mesma-forma-ao-aprender-matematica-diz-estudo.ghtml

Matemática não é coisa de menino

As ciências exatas, que contemplam matérias como a matemática, ainda guardam pouco espaço às mulheres. Prova disso é que em 2017 não há nenhuma competidora na delegação brasileira para participação na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO, em inglês).

Segundo Debora Alves, que tem 24 anos e participou da IMO em 2010 e 2011, a presença das meninas é sempre rara, e nas vezes que participou (e foi a única garota brasileira participante) ficou em alojamento feminino, divindo quarto com competidoras de outros países. Para ela, o lado bom disso, é que foi uma forma mais fácil de conhecer pessoas de outras origens. Hoje, Debora é formada em ciência da computação e matemática pela Universidade de Harvard e voltou ao Brasil, onde criou sua empresa de tecnologia em São Paulo.

Já Maria Clara, que participou da Olímpiada em 2011, hoje cursa doutorado em matemática no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), mas quase desistiu da carreira, já que a sua participação na IMO, como única mulher da equipe, fez ela decidir que não seguiria qualquer carreira que tivesse poucas mulheres. Porém, por diversos outros motivos, ela reviu sua decisão. Para Maria, o ambiente das exatas não acolhe muito bem as mulheres e, a situação que viveu em 2011, se repete até hoje na carreira acadêmica de matemática.

Para Maria, desde a infância é repassado às crianças o mito de que os meninos são melhores no mundo da matemática, mesmo que seja de maneira subjetiva e inconsciente, como um comentário machista, ou cobranças a mais.

E na sua sala de aula: você incentiva as meninas à matemática também?

Fontes:
http://g1.globo.com/educacao/noticia/meninas-que-representaram-brasil-em-mundial-de-matematica-contam-como-e-ser-excecao-em-olimpiada.ghtml