Como a pandemia não chegou ao fim ainda e
como também sabemos como foi a educação em 2020, um bom planejamento para o
próximo ano pode ser fundamental para que erros cometidos nesse ano sejam
reparados e acertos continuem acontecendo. Por isso, no conteúdo de hoje, vemos
o que diz a consultora Associada da HUMUS para Gestão Pedagógica, Débora
Oliveira, sobre o planejamento pedagógico de 2021. Confira!
Para Débora, o ensino
híbrido veio para ficar, uma vez
que tem tido boa recepção no ambiente educacional, possibilitando ao professor personalizar
o ensino, atendendo cada aluno dentro de suas especificidades e necessidades. “Não
se pode ignorar o fato de que vivemos tempos de inovação, quando tanto se fala
de tecnologia e inteligência artificial aplicada à educação”.
A grande mudança, na sua opinião, será a de se
incorporar ao dia a dia da escola, o ensino híbrido, “pois ele dá, ao aluno, a
possibilidade de ampliar as oportunidades de aprendizagem, presencial ou
virtualmente, promovendo a colaboração, a interação e trocas importantes de
informações”.
Cristiane Machado, professora doutora da Faculdade
de Educação da Unicamp, também compartilha da mesma opinião. “Acho que as
escolas estão preparadas para incluí-lo no planejamento pedagógico do ano que
vem, mas não sei se estão preparadas para executar o ensino híbrido,
especialmente no que diz respeito ao ensino a distância. Nem todo mundo tem o
equipamento necessário, acompanhamento dos responsáveis ou local adequado em
casa”, lembra.
Planejamento Pedagógico para 2021
Débora enfatiza que será necessária uma minuciosa
análise vertical e horizontal dos conteúdos, a fim de se estabelecer o mínimo
necessário em cada disciplina, bem como, determinar o que é essencial,
complementar ou extra em cada um dos componentes curriculares, para cada série.
De acordo com ela, feitos os ajustes e definidas as
prioridades, “é necessário, ainda, compartilhar com os alunos e suas famílias
como será a execução desse planejamento, para que todos os envolvidos tenham o
mesmo foco e busquem os mesmos objetivos”.
“A escola ainda vai usar recurso do ensino remoto e
vai precisar encontrar formas de trabalhar o conteúdo de 2021 e tentar diluir o
conteúdo de 2020 que não foi trabalhado por conta do isolamento, da suspensão
das aulas e da dificuldade de todos ao lidarem com o ensino remoto”.
Para Cristiane, o planejamento é o maior desafio das
escolas. “Ele deverá contemplar a perspectiva de conteúdo para 2021, mas também
trazer alguns elementos do planejamento de 2020, porque a gente precisa
considerar que nem tudo o que foi previsto para ser ensinado, realmente foi
aprendido”, diz.
“Talvez as escolas lancem mão do que a gente chama
de avaliação diagnóstica que é um instrumento para saber qual é a situação de
aprendizagem de cada aluno. Então, a partir daí, propor o que será ensinado no
ano que vem”, cita a docente da Unicamp.
6 passos para o planejamento de 2021
- Fazer análise vertical e horizontal dos conteúdos;
- Estabelecer o mínimo necessário em cada disciplina;
- Incluir as habilidades e competências nos
componentes curriculares;
- Definir habilidades socioemocionais (de acordo com a
BNCC);
- Desenvolver Projetos Multi, Inter e
Transdisciplinares;
- Oferecer, na medida do possível, cursos
extracurriculares de interesse de sua comunidade escolar.
Para Débora, revisitar a proposta pedagógica é sempre
necessário. “Estabelecer objetivos concretos e factíveis; definir prioridades;
inovar sempre; avaliar todos (equipe, professores, alunos), retomando o que não
foi ensinado adequadamente ou o que não foi aprendido suficientemente, é boa
decisão”, finaliza.
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Créditos da imagem: Freepik
Fonte: Ciranda de Livro